hashimoto

A Tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune onde o sistema imunológico ataca as células da tireoide, causando uma inflamação nessa glândula, na qual resulta em um hipertireoidismo, que depois é seguido pelo hipotireoidismo.

Em outras palavras, a tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune que destrói as células foliculares da tireoide por meio de processos imunológicos mediados por células e anticorpos. Essa doença também é conhecida como tireoidite autoimune crônica e tireoidite linfocítica crônica. Ela é a causa mais comum de hipotireoidismo em países desenvolvidos. A fisiopatologia dessa doença envolve a formação de anticorpos antitireoidianos e a ativação de células T que atacam o tecido tireoidiano, causando fibrose progressiva. Juntamente com a doença de Graves, essa condição está na categoria de distúrbios autoimunes da tireoide. Essa condição foi inicialmente descrita por um médico japonês, Haruto Hashimoto, em 1912.

A hipotireoidite de Hashimoto raramente acomete os homens, ocorre mais em mulheres. A proporção entre mulheres e homens é de pelo menos 7 a 10:1. A Tireoidite de Hashimoto aumenta com a idade, entre 45 e 55 anos. A incidência é maior em países com menor prevalência de deficiência de iodo. A tireoidite de Hashimoto pode ocorrer isoladamente ou como parte da síndrome poliglandular autoimune (SAF). Alguns indivíduos com doença de Graves podem evoluir para tireoidite de Hashimoto e vice-versa.

A melhor forma de diagnosticar a tireoidite de Hashimoto é uma consulta com o endocrinologista e realizar o exame de sangue para avaliar os níveis de T3, T4 e TSH, assim como pesquisa dos anticorpos antitireoidianos (anti-TPO). No caso de tireoidite, a TSH geralmente está normal ou aumentada. Algumas pessoas podem apresentar os anticorpos antitireoidianos mas não apresentar nenhum sintoma, sendo considerados portadores de tireoidite autoimune subclínica e por isso não necessitam de tratamento.

Causas:

Ainda não se conhece a causa específica para o surgimento da tireoidite de Hashimoto, no entanto é possível que seja provocada por alguma alteração genética, uma vez que várias pessoas da mesma família apresenta a doença.

Também pode ser causado após a infecção por um vírus ou bactéria, que pode culminar em uma inflamação crônica da tireoide.

Embora não exista uma causa conclusiva, a tireoidite de Hashimoto parece ser mais frequente em pessoas com outras alterações endócrinas como diabetes tipo 1, disfunção da glândula adrenal ou outras doenças autoimunes como anemia perniciosa, síndrome de Sjögren, doença de Addison, artrite reumatoide,  lúpus, H. pylori e outras como câncer de mama, e hepatite.

Como Tratar:

O tratamento é indicado quando há alterações dos valores de TSH ou ao apresentar os sintomas, sendo iniciado com a reposição hormonal com o uso de Levotiroxina por seis meses. Decorrido os seis meses, retornar ao médico para uma reavaliação para ver o tamanho da glândula e realizar novos exames.

Nos casos em que existe dificuldade para respirar ou comer, por exemplo, devido ao aumento da tireoide, pode-se indicar a realização da tireoidectomia, ou seja, cirurgia para retirada da glândula.

Fontes:

Scielo

Pubmed

Ministério da saúde